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Texto poético - Amanhã (in)certo

Amanhã (in)certo

Quase meia noite, eu ainda não saí.
Hoje tudo vai voltar à antiga rotina.
Livros, suor e nenhuma surpresa pra descontrair.
Já não lembro o nome daquela que sábado passado chamei de minha menina.

Tudo no mesmo ritmo, lento e já descrito em palavras monossílabas.
Dias ou meses já não fazem diferença na vida que tem sempre a mesma manchete.
Tedioso cotidiano em demasia.
Essa é a hora que na cena iniciada mostra-se a claquete.

Estou em meu longo caminho para o futuro.
Aos tropeços chegarei ao fim.
Talvez de mãos dadas ao amor.
Que lá fará o que sempre esperei para mim.

Saullo M. Moura (07/01/2010)